Fonte de dados meteorológicos: wetterlang.de

As dicas da aluna de 17 anos que tem 42 medalhas em olimpíadas: ‘Não desisti de questões difíceis’

PUBLICIDADE

as-dicas-da-aluna-de-17-anos-que-tem-42-medalhas-em-olimpiadas:-‘nao-desisti-de-questoes-dificeis’

A estudante Marcela Kuriyama tem só 17 anos, mas já tem 42 medalhas em olimpíadas científicas. Aluna do 3º ano do ensino médio em São Paulo, ela diz que não “fórmula mágica” para o sucesso nas provas, mas uma rotina de estudos consistente ajuda não só a conquistar os troféus, mas também na preparação para o vestibular.

A adolescente fez a sua primeira prova quando estava no 5º ano do ensino fundamental, com a Olimpíada Canguru (de Matemática), obrigatória no Marista Arquidiocesano, a escola onde estuda. Logo de primeira, conquistou um bronze, mas não foi sorte de principiante – no ano seguinte, levou a medalha de ouro.

Com os resultados positivos e o incentivo do pai, que é professor, a jovem encarou outras olimpíadas, de disciplinas diversas. História, por exemplo, é uma das disciplinas mais desafiadoras. “É muito difícil, mas trabalhar em grupo e em questões de interpretação é legal, uma experiência rica”, diz a estudante.

Marcela Kuriyama acumula mais de 40 medalhas olímpicas desde o ensino fundamental
Marcela Kuriyama acumula mais de 40 medalhas olímpicas desde o ensino fundamental

Entre as diversas medalhas que coleciona, a de bronze na Olimpíada Brasileira de Biologia é a que mais lhe dá orgulho. “Sempre gostei mais de Matemática, Humanas e Linguagens. Menos de (Ciências da) Naturezas, mas resolvi fazer essa olimpíada justamente para aprender mais Biologia”, conta. “Foi a mais difícil de conseguir.”

Para além do conteúdo que aprende ao estudar para as provas, Marcela aponta que as Olimpíadas a ensinaram a saber controlar o tempo e a ter calma, habilidades fundamentais para a sua preparação para o vestibular.

“Aprender a administrar e lidar com a sensação de não saber, mas tentar ainda resolver”, descreve. A medalhista relata não ter “grandes estratégias” para as provas – além de estudar bastante, claro -, mas dá algumas dicas:

  • O primeiro passo é deixar o medo de lado e se inscrever. Muitas olimpíadas não são tão difíceis quanto parecem, ela diz. ”Às vezes, são interpretativas, ou é uma Matemática mais básica. Não são tão específicas, tão impossíveis, quanto a impressão que o nome dá“.
  • Fazer as provas anteriores, se possível com o apoio de um professor ou orientador.
  • Assistir a vídeos no YouTube sobre os temas abordados na prova, principalmente quando são cobrados assuntos muito específicos, como astronomia.
  • Ter confiança, mas não se cobrar por uma medalha. “Você poderá prestar todos os anos que você tiver no colégio”, conclui.

Preparação para o vestibular

Marcela quer cursar Relações Internacionais na Universidade de São Paulo (USP), mas também vai tentar cursos nas Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Estadual de São Paulo (Unesp). Para focar no vestibular, ela diminuiu o ritmo das Olimpíadas.

A familiaridade com as provas já a auxiliaram nas vezes em que fez o vestibular como treineira. “Tive a sensação de que era muito parecido com fazer uma olimpíada. No 2º ano do ensino médio, eu fui sem ter revisado a matéria, estava muito tranquila. Fiz a prova com muita leveza e fui bem, tive resultados bastante satisfatórios”, relata.

“Acho que (o bom resultado) foi justamente foi porque tive a mesma mentalidade de fazer uma Olimpíada. Não desisti das questões difíceis, não me desesperei ao ver uma que eu não sabia, até porque era treineira. Tinha consciência de que eu não saberia tudo”, acrescenta.

Marcela e o pai, Sandro, que também é professor na escola onde a jovem estuda e a incentivou a fazer muitas Olimpíadas
Marcela e o pai, Sandro, que também é professor na escola onde a jovem estuda e a incentivou a fazer muitas Olimpíadas

Administrar o tempo também foi mais fácil porque já estava treinada. “Se você tem em mente quantos minutos tem por questão, onde é que você tem de estar na prova quando passar metade do tempo, quando é que você vai no banheiro para gastar um tempo estratégico, de descansar a mente. Consegui isso pelas olimpíadas e é muito chave para passar no vestibular”, afirma.

As expectativas para a vida universitária são altas. “Estou muito animada com a possibilidade de trabalhar, de não ter uma rotina que é só focada em estudo, mas que também é focada em outros projetos de vida, que envolvem, claro, a formação acadêmica, mas a possibilidade de sair mais, me divertir, ter uma rotina mais independente e que não é focada só no vestibular”, diz.

Hoje, sua rotina tem como foco nos estudos, mas ela também concilia com intervalos para descanso: “À noite, estudo um pouco, mas também procuro relaxar, lendo um livro ou fazendo algum exercício físico.”

Mais recentes

PUBLICIDADE

Rolar para cima