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BR Partners mira ampliar base de investidores e listará ações na Nasdaq

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O mercado financeiro internacional recebe, ainda neste mês, um novo banco brasileiro. A estreia do BR Partners na Nasdaq, marcada para 17 de setembro, reflete a estratégia da instituição para ampliar a base de investidores.

Em conversa com Carlos Sambrana no programa “É Negócio”, o CEO e fundador do BR Partners, Ricardo Lacerda, disse acreditar que a novidade tem o potencial de aumentar a liquidez e destravar um valor significativo.

“Já existem mais de 50 mil CPFs na base de investidores, o que representa quase 60% do float. Com o movimento do Brasil e a volatilidade no mercado, olhamos a forma de ampliar a base de investidores”, destaca.

A instituição, que é especialista em transações de fusões e aquisições, mercado de capitais, tesouraria, derivativos, investimentos e reestruturações financeiras, tem como foco o relacionamento de longo prazo com os clientes.

“Um player independente tem muito mais qualidade, porque está muito mais alinhado ao cliente”, aponta Lacerda.

Juros altos

Um dos maiores desafios pro setor financeiro no atual momento é a política monetária brasileira. Com a taxa Selic em 15% ao ano, empresas veem dificuldades em expandir negócios e apostar em opções de risco.

Lacerda avalia que, apesar do crescimento econômico e do desempenho do mercado de trabalho, as empresas enfrentam o fator negativo da política monetária restritiva.

“Algumas empresas estão precisando vender ativos para reduzir o endividamento e sair de uma situação mais crítica. Então quem não está endividado está tentando fazer fusões pra crescer e diversificar os negócios.”

Além disso, Lacerda pondera que o clima de incerteza fiscal é dominante no Brasil. O mercado financeiro segue inseguro sobre a política econômica, tendo em vista o elevado patamar de gastos no país.

Impactos do tarifaço

O que contribui para o ambiente de incertezas é a guerra comercial de Donald Trump. A imposição de tarifas a importações brasileiras gera impactos não só para empresas exportadoras, como também para toda a cadeia produtiva.

O CEO explica que o momento ainda é de entender qual deve ser o impacto real no longo prazo, já que o efeito das tarifas varia conforme os setores e as alternativas de contenção de danos oferecidas pelo poder público.

Para Lacerda, é preciso ter cuidado para não comprometer altos investimentos, que dependem de um longo período de maturação, diante do cenário de tensão comercial.

“Nós precisamos procurar ter racionalidade para superar isso. Ninguém gosta de tomar decisões em momentos de extrema incerteza”, afirma.

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