
Como é o prédio em Santos que deixará de ser usado pela USP
Edificação histórica, localizada na Praça Narciso de Andrade (Vila Mathias) era usada para oferta do curso de Engenharia de Petróleo, mas atividades foram transferidas para a capital em 2021 por conta da grande evasão estudantil.

História
Muito antes de o prédio ser entregue à USP, em 2012, o local foi o endereço do antigo Grupo Escolar Cesário Bastos, a primeira escola estadual de Santos, no centro da cidade.

Início
A escola foi criada por meio de decreto em abril de 1900, mas os estudantes passaram a ocupá-la apenas em 1916. Neste intervalo, as aulas eram ministradas em um prédio alugado pela Câmara Municipal.

Arquitetura
O Condephaat, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo, explica em seu site que a arquitetura original do prédio foi pensada para se adequar às políticas de construção de obras públicas da época.

Estilo
Isso incluía um estilo de construção que respeitava a tradição acadêmica, e uma organização espacial pensada para se adequar às recomendações de higiene, insolação e ventilação.

Elementos
Conforme a USP, o prédio possui tapumes ondulados com vitrais indianos sustentados por colunas de ferro, e se destaca também por ter um piso todo em ladrilho hidráulico, as escadarias em mármore e o corrimão em madeira de lei.

Entrega à USP
O edifício foi tombado em 2010 e, dois anos depois, em 2012, foi doado pelo Estado à USP, que passou a oferecer o curso de Engenharia de Petróleo e a ter um campus na Baixada Santista.

Retorno para a São Paulo
Menos de 10 anos depois, porém, a universidade decidiu transferir as aulas, os alunos e as atividades da graduação para a capital por conta baixa adesão estudantil. Este processo se iniciou em 2021, mas alguns laboratórios ainda funcionam no histórico prédio santista.

Futuro incerto
Um grupo de servidores da universidade entrou na Justiça para seguir na Baixada Santista – o pedido ainda está sob análise. E o futuro do imóvel ainda não está definido.

Entenda mais sobre a situação do campus na reportagem do Estadão