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Ensino profissional aposta em diversos formatos e mira competências do futuro

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Em meio à aceleração tecnológica e ao movimento natural de envelhecimento da população, a educação profissional volta ao centro do debate sobre o futuro do trabalho. No Estado de São Paulo, o SENAI-SP amplia seu papel histórico na formação industrial e aposta em diversos formatos — dos cursos técnicos e de qualificação profissional às graduações tecnológicas — para preparar profissionais capazes de unir conhecimento técnico, prática e competências socioemocionais. “A educação profissional e tecnológica virou estratégia de desenvolvimento econômico. Com menos gente disponível no mercado, quem está na ativa precisa ser mais produtivo — e isso exige qualificação alinhada às novas tecnologias”, afirma Marcello Souza, gerente de Relações com o Mercado do SENAI-SP.

A oferta, explica ele, é estruturada como uma trilha contínua de formação que acompanha o profissional ao longo de toda a carreira. Vai da qualificação para ingressar no mercado de trabalho à atualização e especialização de quem já atua na indústria, passando pelos cursos técnicos de nível médio, as graduações tecnológicas e até a pós-graduação voltada às novas tecnologias. Um dos exemplos é a Aprendizagem Industrial, que, segundo ele, “conecta jovens às empresas e contribui para a captação e retenção de talentos. O aluno aprende no SENAI-SP, aplica o conhecimento no ambiente produtivo e ainda tem a oportunidade de assimilar a cultura da empresa ao longo da formação”, completa Souza.

A metodologia do SENAI-SP integra teoria e prática em situações inspiradas em desafios reais
A metodologia do SENAI-SP integra teoria e prática em situações inspiradas em desafios reais

Método próprio

No centro dessa abordagem, está a Metodologia SENAI de Educação Profissional (MSEP), baseada em competências e estruturada a partir do perfil profissional demandado pela indústria. “Não ensinamos conteúdos isolados. Integramos teoria e prática em situações de aprendizagem inspiradas em desafios reais”, explica Guilherme Dias, supervisor de Educação do SENAI-SP. Cada unidade curricular conecta conhecimentos, capacidades técnicas e socioemocionais, que fazem sentido para a atuação profissional, selecionados conforme as competências que o estudante precisa desenvolver. “O protagonismo do estudante e a integração entre sala e laboratório garantem sentido ao que se aprende”, reforça.

A inteligência artificial (IA) já compõe esse cotidiano, mas com intencionalidade pedagógica. “Tecnologia é ferramenta. Serve para personalizar o ensino e ampliar o acesso a recursos, mas a análise crítica continua humana”, afirma Dias. Além disso, o SENAI-SP adota plataformas digitais, simuladores e laboratórios virtuais, sempre com diretrizes de uso responsável e debates sobre ética. “Queremos formar profissionais aptos a atuar e a transformar, impulsionando a indústria verde, a transição energética e a transformação digital da indústria”, completa.

Habilidades-chave

Além das competências técnicas, a formação desenvolve comunicação, trabalho em equipe, pensamento crítico, adaptabilidade e aprendizagem contínua — dimensões que dialogam com as habilidades do futuro apontadas pelo Fórum Econômico Mundial. “Projetos integradores estimulam a criatividade como processo de pensar e de resolução de problemas, algo central para a indústria”, diz Souza.

Os resultados aparecem na inserção no mercado. “A educação profissional entrega o que as empresas precisam no tempo certo. Os níveis de empregabilidade dos egressos giram em 84% a 85% após a conclusão. É comum ver trajetórias que começam na aprendizagem e evoluem rapidamente dentro das empresas”, afirma Souza.

Ao combinar trilhas formativas, método por competências e uso criterioso de tecnologias, o Senai-SP procura ir além do “técnico por si só”. A ideia é formar profissionais capazes de aprender sempre, operar tecnologias, trabalhar em equipe e propor soluções, exatamente o que a indústria tem pedido. “Mais do que preparar para o emprego, a missão é preparar para o futuro do trabalho”, conclui Souza.

Aprender fazendo:

A METODOLOGIA QUE UNE TEORIA E PRÁTICA

Criada em 1999, a Metodologia SENAI de Educação Profissional (MSEP) integra teoria, prática e tecnologia para formar profissionais preparados para os desafios da indústria.

Base por competências: desenvolve conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas a situações reais de trabalho.

Currículo integrado: diferentes conhecimentos e capacidades são articulados de forma intencional e aplicada, conforme as competências que precisam ser desenvolvidas pelo estudante.

Situações reais: projetos, simulações e atividades práticas reproduzem contextos que refletem os desafios dos setores onde o SENAI-SP atua, permitindo que o estudante aprenda fazendo em ambientes próximos à realidade profissional.

Tecnologia com propósito: plataformas digitais, simuladores e inteligência artificial personalizam o aprendizado, com foco no uso ético e pedagógico.

Infraestrutura: laboratórios e oficinas que replicam o ambiente industrial, com equipamentos e maquinários utilizados pelas indústrias em suas atividades produtivas.

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