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Quem foi o mais votado em eleição para reitor da USP

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O professor Aluísio Segurado, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), foi o candidato mais votado na eleição para reitor da instituição realizada nesta quinta-feira, 27. Ele encabeça a lista tríplice que será enviada ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem cabe a palavra final.

Segurado, de 68 anos, fez parte da atual gestão, de Carlos Gilberto Carlotti Junior, como pró-reitor de Graduação. Infectologista, ele se formou em Medicina pela USP em 1980, ano em que atuou como voluntário em Marabá, no Pará, o que fez ele se interessar por doenças infecciosas.

Na própria USP, fez mestrado e doutorado e seguiu a carreira acadêmica. Entre seus temas de pesquisa, estão a retrovirologia e as pessoas que convivem com HIV – Segurado teve papel importante no enfrentamento da epidemia no Brasil.

Aluísio Segurado é médico infectologista
Aluísio Segurado é médico infectologista

Na pandemia de covid-19, ele dirigiu o Instituto Central do Hospital das Clínicas. Para o professor, a mobilização da universidade nesse período, que envolveu médicos e professores, do atendimento a pacientes até a criação de novos respiradores, foi um exemplo claro da importância da USP para o Brasil.

Entre os desafios para o cargo, caso seja confirmado por Tarcísio, ele aponta o financiamento. Com a reforma tributária, a partir de 2026, deixará de existir gradualmente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Desde 1989, a universidade, a mais importante da América Latina, recebe 5% da arrecadação do tributo do Estado. O orçamento da instituição em 2025 foi de R$ 9,15 bilhões. A partir de agora, os valores e a origem dos recursos terão de ser discutidos pelo novo reitor ou reitora com o governo do Estado.

“A autonomia das universidades estaduais paulistas é única e foi responsável pelo desenvolvimento do ecossistema de ciência e tecnologia do Estado”, disse Segurado, em entrevista ao Estadão. Diferentemente de USP, Unicamp e Unesp, as universidades estaduais não têm autonomia orçamentária e dependem de repasses (e sofrem com bloqueio de verbas) do Ministério da Educação (MEC).

Além disso, a contratação recente de mais de 900 novos professores para a universidade – movimento inédito na última década, após anos de déficit de profissionais – traz uma oportunidade de inovação no ensino, na visão dele.

Segurado acredita que os novatos podem mais facilmente incorporar tecnologias, adotar metodologias ativas centradas no aluno, promover currículos interdisciplinares e ainda rever as formas de avaliação, principalmente por causa inteligência artificial.

“A tecnologia pode permitir que o estudante entregue um trabalho que não é de sua autoria”, defendeu na entrevista ao Estadão. “Devemos criar formas de avaliação que possam ser aplicadas na sala de aula e na resolução de problemas, que mobilizem o conhecimento de forma mais dinâmica, diferente daquele antigo trabalho que entregávamos no fim do semestre.”

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